GESTÃO DO CONHECIMENTO DA ERA INTERNET*

por Koiti Egoshi

          Tanto falam em Gestão de Conhecimento, que você fica intrigado e pergunta: isso é uma coisa nova? Não é  mais um modismo no mundo dos negócios e da Ciência da Administração? Isso não é o óbvio, porque o homem desde há muito tempo trabalha o conhecimento e modernamente temos administrado empresas e nossas vidas com base nele?

          Para começar, o nome teria tudo para caracterizar mais um modismo mesmo, se Gestão do Conhecimento não agregasse algumas propriedades paradigmáticas que o caracterizam como algo novo, revolucionário e sem precedentes na História da Humanidade.

          Afinal, Gestão do Conhecimento é uma tradução do inglês  Knowledge Management, um nome criteriosamente escolhido para caracterizar não uma gestão do conhecimento qualquer, mas uma Gestão do Conhecimento da Era Internet. Cabe aqui esclarecer que, pelo menos o termo em inglês Knowledge Management denota isso, de forma mais restritiva que o termo em português Gestão do Conhecimento, de compreensão mais genérica, que tende a provocar mais confusões e controvérsias que o termo original.

          Mas, e daí, que propriedades paradigmáticas que caracterizam a Gestão do Conhecimento da Era Internet como algo novo, revolucionário e sem precedentes na História da Humanidade?

          A Gestão do Conhecimento da Era Internet é algo novo, revolucionário e sem precedentes na História da Humanidade, porque é sustentada por uma Tecnologia de Informação aliada às Melhores Práticas e Teorias de Gestão. Sem esses dois alicerces, não haveria a Gestão do Conhecimento que tanto falam por aí hoje em dia em plena Era Internet.

          E pode-se afirmar que é revolucionário, porque a Gestão do Conhecimento é cada vez mais um novo Modo de Produção centrado na rede de computadores móveis (desktops, laptops, notebooks, palmtops e handhelds) na sua grande maioria, que gera produtos em qualquer lugar, a qualquer hora, ao ritmo próprio de cada um de seus componentes se necessário. Em contraste ao modo de produção industrial, baseado nas fábricas imóveis e suas máquinas pesadas, que exigem um regime de trabalho extremamente rígido e seqüencial. Mas, o que a Gestão do Conhecimento tem de mais extraordinário, é o seu enorme potencial de tecnologia eletrônico-digital, para controlar o próprio modo de produção industrial!

          Em resumo, as propriedades paradigmáticas que caracterizam esse algo novo, revolucionário e sem precedentes na História da Humanidade, sustentado por uma Tecnologia de Informação aliada às Melhores Práticas e Teorias de Gestão, se resumem em seu enorme potencial para:

1o. Desenvolver um novo modo de produção, que gera produtos tanto novos quanto antigos.

2o. Controlar o já tradicional Modo de Produção Industrial, ainda corrente.

3o. Transformar a forma de viver da humanidade, que já está sentindo seus efeitos.

          Para se compreender melhor o impacto dessas propriedades paradigmáticas, nada melhor que efetuar a Análise SWOT – S de Strengths ou Forças, W de Weaknesses ou Fraquezas, O de Opportunities ou Oportunidades e T de Threats ou Ameaças.

Imagine Oportunidades e Ameaças no mercado para sua empresa, ou até mesmo para você como profissional, frente a essa nova realidade que veio para ficar e transformar tudo.

Imagine também que Forças terão de ser implementados e que Fraquezas terão de ser reduzidas e eliminadas, em sua empresa ou até mesmo em você, para continuar sobrevivendo e progredindo no mercado.

Imagine que sua empresa, ou até mesmo você como profissional, frente a essa nova realidade que veio para ficar e transformar tudo, fez a Análise SWOT e diagnosticou a seguinte situação:

Análise SWOT

PONTOS FORTES

Domínio do método tradicional.

PONTOS FRACOS

Não ter estrutura de Gestão do Conhecimento e nem conhecê-lo.

OPORTUNIDADES

Acréscimo de lucros mediante Novos Produtos com Gestão do Conhecimento.

AMEAÇAS

Concorrentes competentes trabalhando com Gestão do Conhecimento.

          Pode ser uma situação crítica, não é mesmo? Então, realmente vale a pena inteirar-se do assunto, para não perder o bonde da história.

          Fique por dentro então, analisando cada uma dessas propriedades paradigmáticas que caracterizam a Gestão do Conhecimento da Era Internet.

DESENVOLVER UM NOVO MODO DE PRODUÇÃO, QUE GERA PRODUTOS TANTO NOVOS QUANTO ANTIGOS

O diagrama baixo mostra um modelo genérico e sistêmico de Gestão do Conhecimento, para que o compreendamos sistematicamente  como um processo que gera saídas a partir de entradas trabalhadas  no processamento. Cabe aqui ressaltar, que esse diagrama estrutural é uma mera representação de  todo um processo que é infinitamente maior que ele, mas serve para representar e compreender a nova realidade da Gestão do Conhecimento.

GESTÃO DO CONHECIMENTO DA ERA INTERNET

 

Copyright@Koiti Egoshi, 28 de Maio de 2004

          Este diagrama nos dá uma idéia das características da Gestão do Conhecimento como um sistema, seguindo as premissas básicas da Teoria Geral de Sistemas formulada por Ludwig von Bertalanffy.  Pois Gestão do Conhecimento é um sistema que:

1. interage tanto com o Mundo Real quanto com o Mundo Virtual da Internet, e serve de ponte entre o Mundo Virtual e o Mundo Real;

2. compreende subsistemas de Entrada, Processamento e Saída;

3. gera tanto produtos novos quanto antigos (e tradicionais) e novos – Saída.

          Analisemos pois a Gestão do Conhecimento, como um verdadeiro sistema que é, enfocando cada um dos seus componentes.

SAÍDA

          Como em todo um projeto de Análise de Sistemas, a Saída define o Processamento e a Entrada de um sistema a ser desenvolvido. Na Gestão do Conhecimento, a lógica é a mesma.

          Iremos também incluir aqui, como saídas, todas as melhorias que a Gestão do Conhecimento propicia.

          Assim sendo, uma Gestão do Conhecimento eficientemente estruturada e eficazmente administrada, permite:

1. Melhores Resultados Operacionais

          É inegável que o uso combinado de Tecnologia de Informação com Melhores Práticas e Teorias de Gestão, tende a gerar e alavancar resultados da empresa em relação ao mercado, como  melhoria de Produtividade, Qualidade e Competitividade das empresas. Embora tudo isso não seja novidade e nem tão revolucionário porque sempre tem ocorrido e ainda hoje ocorre, desde o advento dessa combinação, cabe aqui destacar que os resultados com Gestão do Conhecimento são ainda mais impressionantes. Isak Kruglianskas, José Cláudio Cyrineu Terra e vários outros autores relatam casos de sucesso em pequenas e médias empresas, no livro “Gestão do Conhecimento em Pequenas e Médias Empresas”.

2. Produtos

          Mas, o que é mesmo revolucionário e extraordinário, é a capacidade que a Gestão do Conhecimento tem, de gerar Produtos (Bens e/ou Serviços). Se não produzi-los totalmente, cada vez mais ter maior participação na sua produção.  Não só produtos novos, como até aqueles mais antigos e tradicionais. Dentre produtos novos, praticamente tudo que pode ser transformado em um software, pode ser obtido sob uma nova mídia – músicas, jogos, filmes, apostilas, livros.

          Realmente, a grande capacidade da Gestão do Conhecimento é a de transformar praticamente tudo em produto – bens e serviços. Vamos exemplificar, para entender bem essa grande transformação. Imagine que uma dentista desenvolve em seu consultório, um novo método de tratamento gengival. Pela forma tradicional de trabalhar, esse método ficará restrito a ela e talvez contribuir para o aumento de sua reputação, junto à sua clientela. Já pela Gestão do Conhecimento, ela irá promover um upgrade em sua vida profissional a partir dessa prática, publicando o correspondente artigo e/ou livro em mídia especializada, proferindo palestras, ministrando cursos e disponibilizando site, e-mail, chat, forum, videoconferência e tudo o mais na Internet, para disponibilizar e trocar informações. Ou seja, ela agregará valor em torno de seu método, criando novas e instigantes oportunidades profissionais. Poderá até promover parcerias com fornecedores de ferramentas e materiais de Odontologia. Tudo que ela agregar de valor, será um produto: o artigo, o livro, as palestras, os cursos e as ferramentas de comunicação, com  a sua marca! Tudo isso será gerado a partir de uma única fonte devidamente armazenada e processada, que é a Gestão do Conhecimento. E assim, qualquer profissional poderá fazer o mesmo em sua área e não necessariamente em áreas altamente especializadas como Odontologia! Até mesmo o Zé Mané da esquina, desde que ele tenha capacidade de estruturar e administrar uma Gestão do Conhecimento...

          O e-Learning é um outro resultado de todo esse processo sobre conhecimentos, revolucionando não só o Treinamento e o Ensino, que tendem a ser cada vez mais customizados e à distância. Faculdades, universidades, empresas de treinamento e até professores e colaboradores, podem ir além dos tradicionais cursos e desenvolver métodos, apostilas, pesquisas, revistas, livros, serviços e consultorias.

          Quanto aos produtos mais antigos e tradicionais, até emissoras de televisão fazem uso hoje da Internet, para transmitir as últimas notícias. Não só pela agilização e redução de custos, como também pela praticidade em armazenar, processar e reutilizar informações e conhecimentos. Armazenando, processando e reutilizando informações e conhecimentos, podem desenvolver novos produtos como enciclopédias eletrônicas que antes eram inviáveis  de serem materializados, a partir de simples notícias.

           Enfim, empresas e até indivíduos hoje, podem criar, inovar e diversificar produtos de variadas formas, com muita imaginação, percepção e criatividade suportadas por Gestão do Conhecimento.

 PROCESSAMENTO

          É no Processamento que temos o núcleo inteligente da Gestão do Conhecimento, dentro de toda uma estrutura tecnológica que devemos criar na empresa. Toda essa estrutura de Tecnologia de Informação e Comunicação, deve ser permanentemente renovada e atualizada em relação ao ambiente, tanto quanto possível. E essa estrutura é a ponte entre o Mundo Real e o Mundo Virtual da Internet, que possibilita inclusive, a interação entre esses dois mundos.

          O núcleo inteligente, que doravante chamamos simplesmente de Inteligência, deve ter e desenvolver cada vez mais a capacidade de prospectar informações e conhecimentos do Mundo Real e do Mundo Virtual e armazenar nos computadores, tanto quanto possível; não sendo isso possível, recorre-se aos tradicionais arquivos de materiais e documentos, que devem ser perfeitamente identificados e catalogados em registros do computador;  e depois disso tudo organizado, extrair  e processar informações e conhecimentos, para gerar saídas interpretadas e customizadas, de acordo com as finalidades.

          Ora, como o computador não é cognitivo, não percebe o que acontece ao seu redor, nem sente nada e não age de acordo com tais características naturais, a não ser via algoritmos programados, o elemento mais importante dessa Inteligência continua sendo o homem.

          Daí, o que e como armazenar, bem como  o que e como processar, disponibilizar e compartilhar informações e conhecimentos, são importantes funções de uma equipe multi-profissional da Inteligência, altamente competente.

          Mas, com a crescente capacidade de armazenamento e capacidade de processamento, o homem tem conseguido incrementar conhecimento na Inteligência, a ponto de desenvolver a aprendizagem das máquinas, pelo menos rudimentarmente, como por exemplo, a atualização automática do antivírus, ao conectar o sistema à rede. Mas ainda, cabe ao homem aprender e atualizar a Inteligência com mais inteligência.

          Então, os 3 pilares que garantem o sucesso da Gestão do Conhecimento são Peopleware, Hardware e Software sob o comando do primeiro, devidamente suportados por toda uma infra-estrutura de rede elétrica e telecomunicações.

          Peopleware é a equipe multi-profissional da Inteligência, altamente competente, que define o que e como armazenar, bem como  o que e como processar, disponibilizar e compartilhar informações e conhecimentos.

          O Software  que controla o Hardware e a combinação dos dois, frutos do grande desenvolvimento de capacidade de armazenamento e capacidade de processamento, possibilitam hoje toda essa maravilha que é o trabalho e relacionamento em rede de forma caórdica. Esta palavra está sendo aqui emprestada, de Dee Hock, fundador e CEO Emérito da VISA International que escreveu o livro “Nascimento da Era Caórdica”. É um trocadilho das palavras caos e ordem, que caracterizam bem o que é a Internet: ordem no caos e caos na ordem.

Ordem no caos: você armazena no computador o que acontece, no formato-padrão do computador/artificial.

Caos na ordem: você armazena no computador o que acontece, no formato mais real/caótico/natural que no formato-padrão do computador/artificial.  Maravilha!

            É tudo isso que a Era Internet está possibilitando, através de duas tecnologias de informação básicas, que suportam a Web:

1. Tecnologia OLTP – On-line Transaction Processing

           É a tecnologia da ordem no caos, que possibilita aos atuais bancos de dados relacionais, compartilhar dados e informações por toda a empresa e por extensão, à rede.

2. Tecnologia OLAP – On-line Analytic Processing

          É a tecnologia do caos na ordem, que possibilita aos chamados bancos de dados multidimensionais, compartilhar não só dados e informações, mas também conhecimentos. Por conhecimento subentende-se toda a combinação de som, imagem, animação, dados e informações que caracterizam a multimídia.

Não é à toa que especialistas denominam essa era nossa de Era do Conhecimento: existe uma razão técnica. É justamente essa razão técnica, que acabamos de analisar. É essa mesma razão técnica, que justifica o nome Gestão do Conhecimento.

          Também cabe aqui reforçar que, Gestão do Conhecimento não é o complexo Mundo Virtual constituído somente de tecnologias. Gestão do Conhecimento agrega tudo, principalmente o cotidiano do Mundo Real que o originou e o atualiza. O Mundo Real constituído de caos e ordem, natural e artificial, informal e formal, subjetivo e objetivo. Um exemplo bem simples, a partir de um fato que acontece com qualquer um: você está dentro do seu carro dirigindo no trânsito, e de repente, vê a loja onde vende um produto que estava procurando há um tempão; anota o telefone da loja num pedaço de papel, liga depois para pegar demais informações e atualiza seu arquivo de endereços úteis. Pronto! Gestão do Conhecimento também está, nessas coisas simples do nosso dia a dia.

          Enfim, podemos entender Gestão do Conhecimento como todo o composto tecnológico controlado pelo homem, que trabalha e produz produtos. Para o homem.

ENTRADA

          Este componente de Entrada é conforme componentes de Saída e Processamento. O componente de Saída representa os anseios humanos, que computadores em rede, cada vez mais, podem satisfazê-los com o desenvolvimento do componente de Processamento – upgrade de Capacidade de Armazenamento e Capacidade de Processamento.

           Nos primórdios da Tecnologia da Informação, só foi possível o processamento de dados. Com o desenvolvimento tecnológico, o processamento de dados evoluiu para o processamento de informações, daí inventaram o termo Tecnologia de Informação. Hoje, o processamento de informações progrediu para o processamento de conhecimentos, combinando som, imagem e animação com dados e informações que caracterizam a multimídia. Mais que isso, uma multimídia em rede – a Internet Multimídia, que inclusive possibilita hoje a videoconferência entre diversas pessoas, umas distantes das outras, disseminando não só conhecimentos explícitos e objetivos, como também conhecimentos tácitos e subjetivos via meios eletrônicos. Daí, quem sabe, um melhor termo para processamento de conhecimentos não seria Tecnologia de Informação e Comunicação – CIT – Communication and Information Technology. Ou, Tecnologia do Conhecimento – Knowledge Technology. Ou, Engenharia do Conhecimento – Knowledge Engineering. Ou, Produção do Conhecimento – Knowledge Production. Heureca! É Gestão do Conhecimento – Knowledge Management mesmo, porque esse termo genérico já pegou no mundo inteiro!

          Pelo diagrama, percebemos que o componente da Entrada é constituído de conhecimentos advindos do Mundo Real e do Mundo Virtual, que atualizam conhecimentos da Gestão do Conhecimento. Diga-se aqui de passagem, que conhecimento é sempre limitado, mas a realidade é infinita – daí porque, temos de atualizá-los sempre. Sempre que é descoberto mais um tantinho dessa realidade, através da ampliação da capacidade cientifica do  limitado ser humano.

CONTROLAR O JÁ TRADICIONAL MODO DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL,  AINDA CORRENTE

          Não há menor dúvida hoje, que a Gestão do Conhecimento domina o Modo de Produção Industrial.  As indústrias são cada vez mais, não só são controladas por Controles de Processos e ERPs – Enterprise Resource Plannings, como também os produtos são cada vez mais fabricados por robôs. Não é à toa que um visionário de outrora, o escritor de ficção científica Issac Asimov (1920-1992), cuidadosa e contigencialmente criou as 3 Leis do Robô, numa pequena historinha que ele escreveu em 1950, chamada “Eu, o robô”:

          Um robô:

1a. – não deve ferir um humano nem prejudicá-lo por omissão.

2a. – deve obedecer à ordem de um ser humano, a não ser que conflite com a 1a. Lei.

3a. – deve preservar a si próprio, a não ser que conflite com a 1a. e a 2a. leis.

          E a historinha acabou virando filme de cinema: “Eu, o robô”, que estreou nos telões do Brasil em 06 de agosto de 2004.

          Tomara que os robôs sejam no futuro, tão bonzinhos quanto o R2D2 de Guerra nas Estrelas....

          Não só em indústrias tudo isso já é uma realidade, como também o é no comércio. As lojas estão cada vez mais informatizadas e conectadas à Internet. Além disso, o e-Commerce ou Comércio Eletrônico já pegou faz algum tempo, e faz parte do nosso cotidiano.

          Também universidades, faculdades e escolas em geral. Até moradias são cada vez mais informatizadas e até automatizadas. E muita gente mora e trabalha em sua casa, fazendo Teleworking.

TRANSFORMAR A FORMA DE VIVER DA HUMANIDADE, QUE JÁ ESTÁ SENTINDO SEUS EFEITOS

          O modo de produção industrial originou um modo de viver totalmente novo em relação à época anterior. Nessa época anterior, o indivíduo em geral  praticamente vivia num só espaço (lugar) onde corria todo seu tempo. Com o advento da indústria, esse espaço foi segmentado em quatro ambientes distintos – casa, local de trabalho, escola e lazer – espaços distintos em tempos diferentes.

Casa Trabalho Escola  Lazer
------------------------------------------------------------------------->24 Horas

          E agora, na Era da Gestão do Conhecimento? Voltar ao que era antes da Era Industrial, juntando tudo num só lugar?

          Talvez. Mas grande tendência é a de tudo acontecer em torno do computador móvel,

em qualquer lugar – anyplace;

a qualquer hora – anytime;

ao ritmo próprio de cada um – self paced.

 

 

 

          É um contexto onde você faz qualquer coisa em qualquer lugar: em casa, no trabalho, na escola, no lazer. É esta a grande tendência, à qual teremos de nos adequar.

          Hoje o mundo todo protesta contra o altíssimo desemprego industrial que também afeta o Brasil com 13%. No passado também tivemos um precedente semelhante. Na Era Industrial a todo vapor, luditas - liderados por  Ned Luddlam,  entre 1811 a 1816, invadiam fábricas para destruir máquinas, para preservar o artesanato e evitar o desemprego de sua classe de artesãos.  De nada adiantou o protesto e o vandalismo, porque a indústria avançou e fez progredir a humanidade.

         De nada adianta protestar hoje também, porque nada neste mundo é permanente e o progresso é irreversível.

        Mas o grande alento é que emprego industrial, ainda o teremos, por muito tempo! E para nos animar mais ainda, a Gestão do Conhecimento nos propiciará novas formas de trabalhar e progredir na vida!

       Quer uma prova? Este artigo!

Para ler mais:

BERTALANFFY, Ludwig von.  Teoria Geral dos Sistemas. Rio de Janeiro: Vozes, 1975, 2a. Edição.

HOCK, Dee. Nascimento da Era Caórdica. São Paulo: Cultrix/Amana-Key, 1999.

NONAKA, Ikujiro e TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de Conhecimento na Empresa – como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação.  Rio de Janeiro: Campus, 1997, 13a. Edição.

KRUGLIANSKAS, Isak e TERRA, José Cláudio Cyrineu. Gestão do Conhecimento em Pequenas e Médias Empresas. Rio de Janeiro: Campus, 2003, 2a. Edição.

Isaac Asimov – http://www.angelfire.com/sc/odisseia/asimov.html - acessado em 2 de junho de 2004.


Koiti Egoshi é Doutor em Administração pela World University–USA; Mestre em Organização, Planejamento e Recursos Humanos pela EAESP/FGV–Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas; Pós-Graduado  Lato Sensu  em  Análise de Sistemas pela FECAP – Fundação Escola do Comércio Álvares Penteado; Administrador de Empresas pela FEA/USP – Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo.
Professor de conteúdo e-Learning em Administração, Tecnologias da Informação e Internet; Professor de Graduação e Pós-Graduação em Administração, Metodologia Científica, Tecnologias da Informação e Internet.

Contato:
consulting@egoshi.com.br

 

*Artigo também publicado no site http://www.cienciadaadministracao.com.br (05/10/2005). Copyright@Koiti Egoshi, 09 de Junho de 2004


Reprodução autorizada desde que citado o autor e a fonte


Dados para citação bibliográfica(ABNT):

Egoshi, K.. Gestão do conhecimento da era internet. 2006. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2006_2/Gestao_Internet/Index.htm>. Acesso em:


Publicado no Infobibos em 30/06/2006