PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS NA ALIMENTAÇÃO DE LEITÕES

 

por Fábio Enrique Lemos Budiño

 

INTRODUÇÃO

Existem estimativas de que milhares de espécies de microrganismos habitam o trato digestivo dos animais, incluindo bactérias, protozoários ciliados e flagelados, fungos e bacteriófagos, podendo essa população exceder o número de células do organismo hospedeiro sendo que no lúmen intestinal de um mamífero o número de microrganismos presentes estimado é aproximadamente 1014  (MENTEN, 2001). 

A microbiota benéfica auxilia na digestão e absorção de nutrientes, produz vitaminas que serão utilizadas pelo hospedeiro e inibe a proliferação de agentes patogênicos (ROY e GIBSON, 1998). Em condições de estresse (mudança da dieta, alterações climáticas, densidade animal elevada,  má qualidade do ar ou qualquer outro desafio ou situação desfavorável), a flora intestinal sofre alteração; a população de  bactérias benéficas sofrem grande diminuição, aumentando, por sua vez, as patogênicas que geram metabólitos tóxicos ao hospedeiro causando inflamações na mucosa intestinal, além de se estabelecer uma condição mais propícia para o surgimento de enfermidades. Estas alterações provocam quedas imediatas nos parâmetros de desempenho animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).

Antibióticos e quimioterápicos são considerados os promotores de crescimento tradicionais para aves e suínos. Um grande número de substâncias tiveram sua eficácia comprovada em melhorar a produtividade dos animais ao longo das últimas cinco décadas e seu uso como aditivos de rações é generalizado. A melhoria no desempenho dos animais é atribuída à ação desses produtos sobre os microrganismos da microbiota intestinal (MENTEN, 2001).

Porém, o uso de antimicrobianos nas dietas animais vem sendo questionado  em vários países desde a década de 90. A razão desta discussão está relacionada com a possibilidade deles serem tóxicos e/ou cancerígenos, comprometendo a saúde humana, quando seus resíduos estiverem presentes em produtos alimentícios de origem animal, causando também problemas de resistência bacteriana aos antibióticos (PENZ Jr., 2003).

Por este motivo, tornou-se crescente a restrição ou proibição de uso dos  antibióticos como promotores de crescimento nas rações animais em vários países do mundo, sendo que na Europa já estão proibidos os usos deste tipo de substância, tais como: virginiamicina, bacitracina de zinco, espiramicina e tilosina (BEST, 1999). 

No Brasil, o Ministério da Agricultura e Reforma Agrária (MARA), proibiu o uso de alguns antibióticos. A Portaria no 159, MARA, 1992, vetou o uso de antimicrobiano para ação de aditivos sistêmicos, promotores de crescimento ou conservantes para Tetraciclinas, Penicilinas, Cloranfenicol e Sulfonamidas. No ofício circular 19/98 de 16/11/98 o MARA, suspendeu o uso de Avoparcina e na portaria 448 de 10/09/98 o MARA, proibiu a fabricação, importação e uso de Cloranfenicol, Furazolidona e Nitrofurazona. A Instrução Normativa no 38 de 08/05/02 do Ministério da Agricultura estabeleceu a proibição de nitrofuranos na pecuária (LODDI, 2003).

Baseando-se em novos conceitos de segurança alimentar, produtos alternativos aos antibióticos foram pesquisados e desenvolvidos (MILTENBURG, 2000). O uso destes visa, igualmente, obter o máximo desempenho produtivo animal, com o diferencial de disponibilizar ao mercado um produto final saudável (ausência de resíduos de drogas), sem representar riscos à saúde do consumidor (SILVA e NÖRNBERG, 2003). Nesta nova geração de produtos encontram-se os probióticos, os prebióticos e os simbióticos. O conceito de simbiótico alia o fornecimento de microrganismos probióticos juntamente com substâncias prebióticas específicas que estimulem seu desenvolvimento e atividade, potencializando o efeito de ambos os produtos (MENTEN, 2001). 

 

MICROBIOTA DO TRATO GASTRINTESTINAL DO LEITÃO

Logo após o nascimento, as superfícies e mucosas dos animais, que em condições fetais são estéreis, rapidamente sofrem colonização por diversos microrganismos, seguindo uma seqüência e duração determinadas para cada espécie, bem como, diferindo entre espécies e/ou grupos de animais (SILVA e NÖRNBERG, 2003). Nos mamíferos a inoculação se dá no momento do parto, através do muco vaginal de fêmeas sadias, e via amamentação. Em leitões foi relatada a presença de E.coli no intestino duas horas após o nascimento, enquanto que bactérias benéficas como o Lactobacillus spp. só foram observadas após 18 horas (BERTECHINI e HOSSAIN, 1993). 

Estima-se que 90% da área do intestino de um animal adulto seja habitada por mais de 400 espécies diferentes de microrganismos, o que representa 10 vezes mais bactérias no trato digestivo do que células no corpo do hospedeiro (SILVA e NÖRNBERG, 2003). A composição da microbiota é regularmente constante e as características para cada espécie de hospedeiro podem ser afetadas pela idade, dieta, ambiente, estresse e utilização de medicamentos (FULLER ,1989).

Fatores fisiológicos e ambientais têm importante papel na estabilização da microbiota intestinal e no estabelecimento de uma população nativa. O pH relativamente alto no estômago de leitões logo após o nascimento deve-se à insuficiente secreção de ácido clorídrico, o que permite que bactérias tolerantes ao pH alto colonizem diferentes seções do trato intestinal. Em leitões lactentes, o pH decresce devido à produção de ácido láctico e somente bactérias resistentes ao ambiente ácido persistem e proliferam no intestino proximal, ocasionando maior proteção contra a penetração de patógenos sensíveis ao meio ácido (RADECKI e YOKOYAMA, 1991).

Parte da seleção da microbiota do intestino é química, devido a agentes inibitórios como ácidos graxos voláteis, ácido sulfídrico, bile, lisozimas, lisolectinas e imunoglobulinas. Quando as bactérias sobrepõem estas barreiras, devem ainda combater o fluxo constante resultante dos movimentos peristálticos. As bactérias permanecem no intestino pela adesão às células epiteliais que revestem o intestino ou crescendo mais rapidamente do que são removidas pelo peristaltismo (BERTECHINI e HOSSAIN, 1993).

A microbiota do intestino delgado do leitão é dominada por espécies aeróbias e anaeróbias facultativas, na qual o Lactobacillus e o Streptococcus são os gêneros predominantes, em uma densidade de 107 a 109 UFC/g de mucosa. Os Bifidobacterium  estão presentes ao longo do trato gastrintestinal do leitão, em uma densidade populacional de 104 a 106 UFC/g de mucosa estomacal e 108 UFC/g de mucosa da porção distal do intestino delgado. A microbiota do ceco e cólon contém quantidades similares de Lactobacillus, Bifidobacterium e Enterococcus, além de Bacteróides  e Eubacteriaceae e quantidades variáveis de E.coli (JOHNSSON e CONWAY, 1992). Estes microrganismos podem ocupar  diferentes posições no lúmen intestinal do leitão. Algumas famílias podem estar localizadas no próprio lúmen; geralmente estas são mortas e eliminadas. Algumas podem estar no muco; estas são a maior parte dos agentes ativos, sendo o muco o seu ambiente nutritivo. Finalmente, algumas aderem a células do intestino; representando alguns grupos patogênicos (TOURNUT, 1998). Entretanto as espécies de Lactobacillus, que são benéficas, também possuem o comportamento de se ligar à superfície do epitélio, além de serem exclusivas para determinado hospedeiro não colonizando outra espécie animal (TANNOCK, 1997). 

Para a classificação dos microrganismos em patogênicos e não-patogênicos deve-se observar que dentro dos grupos ou gêneros de bactérias pode haver espécies com propriedades antagônicas. Gibson e Roberfroid (1995), citados por MENTEN (2001), apresentaram um esquema generalizado de bactérias colônicas de humanos que têm efeitos benéficos ou prejudiciais. Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus, Clostridium, Enterococcus e E.coli  foram incluídas nas patogênicas. Por outro lado, Enterococcus,  E.coli , Streptococcus e Bacteróides também podem ter características benéficas como inibição do crescimento de bactérias prejudiciais, estímulo da imunidade e auxílio na digestão. Organismos estritamente benéficos que apresentam as características acima são Lactobacillus, Eubacterium e Bifidobacterium

O equilíbrio da relação entre a microbiota normal e o hospedeiro é um tanto delicada, condições as quais afetam adversamente o hospedeiro podem facilmente resultar no aparecimento de doenças causadas por membros da microbiota  devido ao desequilíbrio entre flora benéfica e patogênica (TANNOCK, 1997). 

 

PROBIÓTICOS

Em sua revisão, SCHREZENMEIR e DE VRESE (2001) fizeram um histórico do termo probiótico, que significa “a favor da vida”. Foi primeiramente utilizado por Lilly e Stillwell em 1965 que definiram como “substâncias secretadas por um microrganismo que estimulam o crescimento de outro”, se contrapondo ao termo antibiótico. O termo probiótico foi subseqüentemente ampliado por outros autores. Em 1971, Sperti aplicou o termo em extratos de tecidos que estimulam o crescimento microbiano. Parker, em 1974, foi o primeiro a utilizar o termo probiótico no sentido que é usado nos dias atuais, e o definiu como “organismos e substâncias que contribuem para o balanço microbiano intestinal”. Em 1989, Fuller procurou aprimorar a definição de Parker com a seguinte distinção: “Um microrganismo vivo suplementado na dieta o qual beneficia o animal hospedeiro por melhorar o balanço microbiano intestinal”. Isto ampliou a definição enfatizando a exigência de viabilidade para o probiótico e introduzindo o aspecto de efeito benéfico para o hospedeiro, que de acordo com esta definição é um animal. Em 1992, Havenaar ampliou a definição de probiótico com respeito ao hospedeiro e hábitat da microbiota como segue: “Uma mono ou policultura viável de microrganismos os quais aplicados ao animal ou homem, afetam beneficamente o hospedeiro por melhorar as propriedades da microbiota nativa” .

O Food and Drugs Administration (FDA), definiu probiótico como “fonte de microrganismos viáveis que ocorrem naturalmente, podendo ser utilizado diretamente na ração de animais (DFM: Direct-Fed Microbial), sendo classificado como substância GRAS (Generally Regarding As Safe)”. Alguns autores preferiram o termo genérico em inglês “direct-fed microbial products”, também incluindo neste conceito componentes como Bacillus sp. e algumas leveduras, que não são habitantes normais do trato gastrintestinal, enzimas e sub-produtos da indústria de fermentação (BERTECHINI e HOSSAIN, 1993).

Mais recentemente, WALKER e DUFFY (1998) definiram os probióticos como “suplementos microbianos vivos formados por bactérias e/ou fungos específicos, capazes de melhorar o equilíbrio microbiano no intestino, uma vez que provocam a redução de agentes patogênicos e estimulam o sistema imune do hospedeiro, atuando como preventivos de desordens intestinais e promovendo uma melhora no desempenho animal”.

O comportamento do animal em resposta ao uso de probióticos é influenciado pelo tipo de probiótico, dose utilizada, idade e raça do animal, tipo de exploração, manejo, uso de antibióticos e o ambiente de criação. As respostas mais expressivas da administração de probióticos são notadas nos animais estressados e em recém nascidos ou desmamados.

Dentre as características desejáveis dos probióticos, destaca-se que estes não são destruídos pelo suco gástrico, sendo eficazes nos diferentes segmentos do sistema digestivo e compostos por grupos de bactérias, as quais efetivamente propiciam efeitos benéficos na absorção de nutrientes (VASSALO et al., 1997).

Os mecanismos de ação propostos para explicar os efeitos benéficos dos probióticos são basicamente os mesmos utilizados para a microbiota normal no exercício de suas funções. A competição por nutrientes ou por sítios de adesão, a produção de substâncias inibidoras (ácido láctico, bacteriocinas) e a inibição da produção ou ação de toxinas são os mecanismos mais prováveis utilizados pelos probióticos para proteger o hospedeiro dos microrganismos patogênicos (NICOLI e VIEIRA, 2000).

 A habilidade de muitos microrganismos aderirem ao epitélio intestinal é essencial para sua permanência e desenvolvimento, desta maneira eles evitam ser removidos com os movimentos peristálticos. Um método de prevenir a colonização do intestino por patógenos é saturar os sítios receptores do epitélio, diferentes bactérias têm distintos mecanismos de adesão. A adesão de Lactobacillus em suínos é controlada pelo glicocálix e também pelas proteínas da parede celular da bactéria (WADSTROM, 1987).

Chateau et al. (1993), citados por MENTEN (2001), isolaram 103 cepas de Lactobacillus de dois probióticos comerciais e testaram sua capacidade de inibir patógenos, observando que cerca da metade dos isolados inibiram as duas espécies de Salmonella e os seis sorotipos de E.coli utilizados. A atividade antagônica, especialmente das bactérias láticas, contra patógenos pode ser atribuída à produção de substâncias bactericidas, tais como bacteriocinas, ácidos orgânicos e peróxido de hidrogênio.

Os probióticos podem possuir ação na imunomodulação do hospedeiro, devido à produção de glicopeptídeos ou outros metabólitos (CHESSON, 1994). Alguns gêneros de bactérias intestinais como Lactobacillus e Bifidobacterium estão diretamente relacionados com o aumento da resposta imune, apresentando efeitos no aumento da produção de anticorpos, na ativação de macrófagos, na proliferação de células T e na produção de interferon (MENTEN, 2001). Pesquisas demonstraram que o número de leucócitos no sangue e a concentração plasmática de IgG de leitões desmamados aumentaram após a administração de Lactobacillus acidophilus (POLLMANN et al., 1980; CHESSON, 1994). PERDIGON et al. (1986), quando administraram L. acidophilus e S. thermophilus para camundongos, verificaram ativação na atividade de macrófagos e linfócitos nestes animais. NICOLI e VIEIRA (2000) concluíram que os camundongos “germ-free” que receberam Lactobacillus acidophilus ou Saccharomyces boulardii combateram com mais eficiência uma septicemia provocada por uma linhagem de Escherichia coli patogênica em relação ao grupo controle que não recebeu os probióticos. 

Os efeitos positivos dos probióticos podem se refletir diretamente no desempenho dos animais hospedeiros. CUPERE et al. (1992), testando a eficácia de três probióticos sobre enterotoxemia por E.coli em leitões desmamados, constataram  que os probióticos melhoraram a conversão alimentar e o desempenho (ganho de peso e conversão alimentar) dos leitões, embora não tenham encontrado diferenças significativas nos parâmetros microbiológicos.

ABE et al. (1995) observaram melhores ganho de peso e conversão alimentar e menor incidência de diarréia em leitões alimentados com dietas contendo Bifidobacterium pseudolongum ou Lactobacillus acidophilus. CRISTANI et al. (1999) relataram melhora na conversão alimentar de 6 a 8% na fase de creche e de 6 a 11% na fase de crescimento em leitões alimentados com rações contendo L. acidophilus.

Estes resultados podem estar relacionados com a produção enzimática dos probióticos que melhoram a digestão dos nutrientes através da produção de lactase e galactosidase que quebram a lactose permitindo sua absorção (FULLER, 1989). Foi também demonstrado que probióticos promovem alguma digestão de celulose em aves e que diversas espécies de Lactobacillus secretam amilase, protease e lipase. Além disso, a simples redução do pH intestinal por bactérias lácticas proporciona maior absorção de ácidos graxos de cadeia curta (MENTEN, 2001).

 
PREBIÓTICOS

Os prebióticos são ingredientes não digestíveis que não são hidrolisados e nem absorvidos na porção superior do trato gastrintestinal e que afetam beneficamente o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de bactérias desejáveis, melhorando o perfil da microbiota (ROY e GIBSON, 1998). Os principais representantes destas substâncias são alguns oligossacarídeos que agem diretamente no trato digestório, impedindo o estabelecimento de alguns microrganismos patogênicos, bem como induzindo melhorias na morfologia intestinal, uma vez que provocam um aumento na área de absorção e diminuição da renovação das células epiteliais (HOUDIJK et al., 1999).

Os oligossacarídeos são carboidratos de cadeia curta formados por 2 a 10 monômeros de açúcar unidos por ligações glicolíticas que ocorrem pela eliminação de n-1 moléculas de água. Muitos dos oligossacarídeos conhecidos ocorrem naturalmente, outros são produtos de hidrólise parcial, ácida ou enzimática de polissacarídeos ou de reações de transglicosilação, que ocorrem quando um outro açúcar age como aceptor em vez da água (SILVA e NÖRNBERG, 2003). Entre os oligossacarídeos  que têm sido mais estudados como aditivos em alimentação animal estão os frutoligossacarídeos (FOS), glucoligossacarídeos (GOS) e mananoligossacarídeos (MOS). FOS são polímeros ricos em frutose, podendo ser naturais, derivados de plantas (inulina e seu produto de hidrólise parcial oligofrutose) ou sintéticos, resultantes da polimerização de frutose (MENTEN, 2001).

De modo geral, as pesquisas relataram três respostas distintas quanto ao uso dos prebióticos na alimentação animal. A primeira refere-se à modulação benéfica da microbiota nativa presente no hospedeiro. A segunda é a sua possível ação melhoradora sobre o sistema imune e sobre certos aspectos anatômicos do sistema digestivo. A terceira, é conseqüência direta destas duas primeiras, e demonstra a influência do uso destes compostos sobre o desempenho animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).

Os prebióticos têm sido usados com a finalidade de estimular o desenvolvimento das Bifidobacterium e dos Lactobacillus, as quais são conhecidas pela grande capacidade de produzirem ácidos láctico e acético. A maior produção destes ácidos promove a diminuição do pH no sistema digestivo, o que provoca inibição no desenvolvimento das populações de bactérias nocivas, como Escherichia coli, Clostridium sp. e Salmonella sp., as quais apresentam alta sensibilidade a ambientes ácidos (MATHEW et al., 1993).

A alteração da microbiota intestinal pelo uso de prebióticos pode ocorrer através do fornecimento de nutrientes para as bactérias desejáveis ou através do reconhecimento, pelas bactérias patogênicas, de sítios de ligação nos oligossacarídeos como sendo da mucosa intestinal, reduzindo a colonização indesejável no intestino, resultando em menor incidência de infecções e melhor integridade da mucosa intestinal, tornando esta apta para exercer suas funções (TUCCI, 2003).

Ainda existe a hipótese de que determinados oligossacarídeos, como a estaquiose, a galactana e os mananos, poderiam atuar diretamente sobre a E. coli e a Salmonella sp., impedindo a proliferação destas populações patogênicas no sistema digestivo (SILVA e NÖRNBERG, 2003). Este mecanismo é explicado da seguinte forma: para que as bactérias consigam colonizar o trato gastrintestinal e criar uma condição patológica, precisam inicialmente aderir-se à superfície epitelial. Esta adesão ocorre através de glicoproteínas (lectinas ou fímbrias) que reconhecem determinados açúcares da superfície do epitélio intestinal. Portanto, se eles se ligarem a um açúcar ou oligossacarídio dietético, e não à mucosa intestinal, irão passar com a digesta sem causar problemas digestivos aos animais (COLLETT, 2000). 

Independente do modo de ação, as respostas obtidas em experimentos têm confirmado o efeito prebiótico para alguns dos compostos testados. CAMPBELL et al. (1997), verificaram que quando incluíram frutoligossacarídeo, xiloligossacarídeo ou oligofrutose na dieta de ratos, houve redução do pH do ceco e aumento na concentração de ácidos de fermentação em relação à dieta controle.  Efeitos semelhantes foram observados por GEBBINK et al. (1999) os quais relataram redução na concentração de E.coli e aumento da concentração de bifidobactéria no cólon distal de leitões que receberam 5% de frutoligossacarídeo na ração.

Além dos prebióticos favorecerem o desenvolvimento da microbiota benéfica, também são relatadas algumas mudanças no sistema imune e nas características fisiológicas e anatômicas do sistema digestivo em alguns animais. Os prebióticos atuam indiretamente no sistema imune por promoverem o crescimento das populações de bactérias benéficas (Lactobacillus e Bifidobacterium). Estas têm a capacidade de produzir substâncias com propriedades imunoestimulatórias e interagir com o sistema imune em vários níveis, incluindo a produção de citocinas, a proliferação de células mononucleares, a fagocitose macrofágica, a eliminação e a indução da síntese de grandes quantidades de imunoglobulinas, em especial, as IgA (SILVA e NÖRNBERG, 2003). 

Muitas das atividades biológicas dos prebióticos devem-se à sua função nos receptores glicoprotéicos da superfície celular que modulam vários aspectos no sistema imune. Uma destas funções relaciona-se à ativação de macrófagos. Isto é especialmente importante, já que os macrófagos funcionam fagocitando bactérias e os restos celulares associados com a inflamação de tecidos.

Estes macrófagos ativados são muito mais eficientes para fagocitar bactérias e eliminar organismos invasores (STHAL, 1992). SAVAGE et al. (1996) ao fornecerem 0,11% de MOS, constataram significativos aumentos nos níveis de IgG do plasma e IgA da bile em perus. 

Existem indicações de que os prebióticos teriam a capacidade de provocar modificações benéficas nas características anatômicas do sistema digestivo. HOWARD et al. (1993) verificaram aumento na densidade celular  e no número de células marcadas com 5-bromo-2-deoxipiridina da mucosa cecal de leitões que receberam adição de FOS em suas dietas.

Neste tratamento também foi observado maior comprimento das criptas, maior zona de proliferação (células marcadas/densidade celular), maior número e comprimento de células marcadas das partes proximal e distal do cólon. MACARI e MAIORKA (2000) também relataram aumento significativo na altura do vilo, nos três segmentos do intestino delgado, em frangos de corte com 7 dias de idade que receberam 0,2% de MOS na dieta.

De modo geral, estes resultados demonstraram que o uso de prebióticos promoveu aumento na área de absorção de nutrientes da mucosa intestinal, o que pode ser fundamental para um melhor desempenho animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).

Em experimentos realizados com leitões recém-desmamados, GEBBINK et al. (1999) observaram que o ganho de peso dos animais mantidos em creches com baixo desafio sanitário, recebendo ração suplementada com FOS e com virginiamicina, foram 9% e 16% superiores ao tratamento controle, respectivamente. Quando em creches com elevado desafio sanitário, os que receberam FOS tiveram eficiência alimentar 14% superior ao tratamento controle e com antibiótico. 

 Em estudo realizado por HOUDIJK et al. (1998) com leitões recebendo ração contendo FOS (7,5 e 15g/kg), foi observada redução temporária no consumo e no ganho diário de peso. Porém, o desempenho médio de crescimento durante todo o período experimental não foi afetado. Esta depressão pode ter ocorrido devido a mudanças na microflora intestinal, o que resultou em resposta imune não específica e conseqüente redução do consumo de ração (SILVA e NÖRNBERG, 2003). 

Esta hipótese é confirmada devido à ausência de efeito destes oligossacarídeos sobre a digestibilidade total de nutrientes (HOUDIJK et al., 1999). Estes fatos demonstraram que existem níveis ideais de consumo destes prebióticos que, quando excedidos, podem causar efeitos antinutricionais ao animal.

Uma vez que os animais estejam em condições não estressantes, supõe-se que a microbiota esteja equilibrada, com ou sem fornecimento de prebiótico na dieta. Porém, quando submetidos a estresse (má qualidade do ar, superpopulação, variações ambientais bruscas, troca de dieta, presença de patógenos), os efeitos do fornecimento de prebióticos são positivos (MATHEW et al., 1993; MOSENTHIN e BAUER, 2000).

 

FIBRA DIETÉTICA X FRUTOOLIGOSSACARÍDEO

A fibra alimentar pode ser considerada como a fração do alimento não digerível pelas enzimas endógenas dos animais, mas sim pela ação de enzimas da microbiota gastrintestinal (TUNGLAND e MEYER, 2002). Existem várias classificações de fibras, porém uma das mais utilizadas foi proposta por Van Soest, citado por SILVA (1990) e determina a fração correspondente à parede celular vegetal, que é composta por celulose, hemicelulose, lignina e proteínas lignificadas (Fibra em Detergente Neutro – FDN) e a fração correspondente à celulose +  lignina (Fibra em Detergente Ácido – FDA).

O suíno é considerado como animal não-ruminante de ceco não-funcional, ao contrário dos eqüinos, por exemplo, considerados de ceco funcional (CLOSE, 1994). Os componentes dietéticos da fibra são minimamente digeridos no intestino delgado de suínos, providenciando substrato para a fermentação microbiana no intestino grosso. O principal  produto desta fermentação são os ácidos graxos voláteis (AGV) propionato, butirato e acetato. A contribuição calórica destes AGV em suínos tem sido estimada em 5% a 28% das exigências em energia de manutenção, dependendo da freqüência do consumo e do nível de fibra na dieta (NRC, 1998).

O aumento do interesse nos produtos de fermentação das fibras é devido aos efeitos benéficos no trato gastrointestinal resultantes do seu consumo. Células do endotélio intestinal podem ser sustentadas pelos AGV derivados da fermentação bacteriana, sendo que a oxidação do butirato providencia mais que 70% do oxigênio consumido por este tecido em humanos e ratos (CAMPBELL, et al, 1997).  

Efeitos semelhantes são observados em animais ingerindo frutooligossacarídeo (FOS). Estudos in vivo e in vitro em ratos demonstraram que a fermentação do FOS diminuiu o pH do cólon, produziu AGV e lactato, e aumentou a proporção de butirato além de estimular a absorção de água e sódio (LE BLAY et al, 1999). GUDIEL - URBANO e GONI (2002) observaram, em ratos, que uma dieta adicionada de celulose + FOS como fontes de fibra dietética apresentaram um efeito positivo na atividade enzimática de bactérias intestinais maior do que quando adicionados separadamente. Efeitos semelhantes foram verificados na microbiota fecal de cães que produziu maior teor de butirato na presença de inulina e de FOS (VICKERS et al, 2001). 

Recentemente, FREITAS e JACKIX (2005) verificaram aumento da colonização por bifidobactérias em hamsters alimentados com dietas adicionadas de FOS (4,5g/100g) em relação ao grupo controle. Estes autores ainda observaram que a administração de FOS + pectina não apresentou ação sinérgica em seus efeitos fisiológicos, indicando que a pectina (fibra dietético-solúvel) de alguma forma prejudicou a disponibilidade do FOS como substrato de fermentação pelas bactérias. 

Em estudos conduzidos por HOUDIJK et al. (1998) a suplementação de leitões desmamados com 40g/kg de FOS aumentou (P<0,05) os valores de pH cecal e fecal em comparação com a dieta controle. De acordo com MACFARLANE e CUMMINGS (1991) o aumento do pH pode ser o resultado de maior atividade proteolítica e/ou maior taxa de absorção de AGV. Além disso, os carboidratos disponíveis no intestino grosso podem alterar a fermentação das proteínas, resultando no aumento da formação de produtos de fermentação alcalina (amônia e aminas) e proteínas derivadas de AGV, aumentando desta forma o pH (HOUDIJK et al. ,1998).

TSUKAHARA et al. (2003) observaram aumento significativo na produção de butirato no intestino grosso de leitões alimentados com FOS, o que se correlacionou positivamente com a profundidade das criptas e número de células epiteliais e mitóticas.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Fábio Enrique Lemos Budiño possui graduação em Zootecnia Botucatu pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1994), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004). Atualmente é Pesquisador Científico do Instituto de Zootecnia, Revisor de periódico da Revista Brasileira de Zootecnia-Brazilian Journal of Animal Science e Membro de corpo editorial da Boletim da Indústria Animal. Tem experiência na área de Zootecnia , com ênfase em Nutrição e Alimentação Animal. Atuando principalmente nos seguintes temas: Suíno, Simbiótico, Desempenho, Microscopia, coliformes e vilosidade.
(Texto gerado automaticamente pela aplicação CVLattes)
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Reprodução autorizada desde que citado o autor e a fonte


Dados para citação bibliográfica(ABNT):

BUDIÑO, F.E.L. Probióticos e prebióticos na alimentação de leitões. 2007. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2007_4/suinos/index.htm>. Acesso em:


Publicado no Infobibos em 17/12/2007

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