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PERSPECTIVAS E IMPACTOS DA CULTURA DE CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL
 

Laerte Antônio Machado1

Mohamed Habib2


1 – Introdução
 

O expressivo crescimento da produção de cana-de-açúcar, no Brasil, nas últimas décadas, tem determinado importantes mudanças no que se refere ao aspecto agroambiental. Os números do setor canavieiro impressionam pela grande extensão da área cultivada. A cana-de-açúcar ocupa hoje por volta de 6 a 6,5 milhões de ha de terras, o equivalente a 1,5 % dos solos cultivados do Brasil, caracterizando um sistema de monocultivo que tem especial significado econômico e social para o país. Um levantamento da oferta de cana-de-açúcar no mundo, referente ao período 1990-2000 (FAO e IBGE), consolida o Brasil e a Índia como líderes da produção. O país produz por volta de 370 milhões de tonelada de cana por ano, o que equivale a 27 % da produção mundial. Nos últimos 5 anos o mercado cresceu, seguidamente, 10 % ao ano, exigindo, dessa forma, planejamentos estratégicos e mudanças de tecnologia para garantir uma alta produtividade, competitividade e harmonia com as questões ambientais. Em média, 55 % da cana brasileira é convertida em álcool e 45 % em açúcar. As receitas em divisas estão variando entre US$ 1,5 a 1,8 bilhões por ano, representando cerca de 3,5 % do total das exportações brasileira. O estado de São Paulo é o maior produtor com uma área de, aproximadamente, 3 milhões de ha, envolvendo mais de 350 municípios que são considerados canavieiros. Essa atividade empregou diretamente 235 mil trabalhadores na safra 99/2000 e por volta de 80 mil na agroindústria do açúcar, álcool e aguardente, totalizando 315 mil pessoas ocupadas nessa atividade.
 

O cultivo da cana-de-açúcar é bastante complexo, podendo ser obtido de um único plantio 5 a 7 colheitas, sendo que após cada ciclo deve se fazer altos investimentos para que a renovação do canavial proporcione boa produtividade da colheita seguinte. Dentre esses investimentos, encontra-se o custo com pesticidas para o controle de insetos pragas e ervas daninha, os quais provocam sérios prejuízos à cultura. Para o controle desses organismos, nos dias de hoje, emprega-se o uso de inseticidas para os insetos e de herbicidas para as ervas indesejáveis. Esses produtos, além de elevar o custo da cultura, apresentam persistência prolongada no ambiente, podendo eliminar partes significativas de populações de organismos benéficos, e ainda serem levados pelas águas das chuvas, pelo processo de lixiviação, para mananciais aquáticos, podendo contaminar peixes e outras espécies de seres vivos. Na atualidade, tanto a comunidade científica quanto à sociedade civil têm se preocupado com as questões ambientais e a preservação da vida no planeta. Assim, surge a perspectiva do cultivo orgânico da cultura da cana-de-açúcar. Isso tem levado os produtores a adequar a atividade agrícola a uma ação que seja ambientalmente correta e economicamente viável, crescendo a procura por métodos alternativos ao controle químico, abrindo, desta forma, grande oportunidade para a implementação de pesquisas com agentes de controle biológico.
 

                                                                                              

2 - Introdução da cultura da cana-de-açúcar no Brasil
 

A cana-de-açúcar é cultivada comercialmente em mais de 70 países e territórios sendo os maiores produtores o Brasil, Índia, Cuba, México, China, Filipinas, Austrália, África do sul, Estados Unidos da América, República Dominicana e Formosa (Ros, 2004).
 

Desde os tempos do seu descobrimento que o Brasil cultiva a cana-de-açúcar, sendo os primeiros canaviais implantados com mudas trazidas de outros continentes pelos colonizadores. Embora exista alguma opinião divergente com relação à origem geográfica, segundo um consenso geral entre os historiadores, a cana-de-açúcar é oriunda do Sudoeste Asiático, Java, Nova Guiné e também da Índia (Fahl et al., 1998).
 

De acordo com Castro & kluge (2001) com a chegada da expedição colonizadora de Martin Afonso de Souza em 1532, por ordem do rei de Portugal, Dom João III, o Brasil foi dividido em Capitanias Hereditárias e então se fundou a vila São Vicente, em São Paulo, onde foi construído um engenho denominado de São Jorge e que é reconhecido por alguns estudiosos como o primeiro do Brasil, ainda que outro, de nome São João, também figure como construído na mesma época e na mesma região (1533). Em 1534 consolidou-se a divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias e daí por diante, a cana se expandiu de modo crescente, enquanto todas as Capitanias consolidavam suas implantações através da formação de canaviais e de engenhos. Durante o Império, o país dependeu basicamente do cultivo da cana e da exportação do açúcar. A história é unânime que foi na Capitania de Pernambuco, pertencente a Duarte Coelho, onde se implantou e floresceu o primeiro centro açucareiro do Brasil motivado por três aspectos importantes: a habilidade e eficiência do donatário, a terra e clima favoráveis à cultura e a situação geográfica de localização mais próxima da Europa em relação à região de São Vicente, que foi outro centro que se destacou como iniciador de produção de açúcar no Brasil.

 

3 - Aspectos taxonômicos
 

A cana-de-açúcar é um vegetal semiperene que pode ser cultivada em áreas subtropicais, entre 15° e 30° de latitude e pertence à seguinte classificação botânica (Castro & kluge, 2001):

Divisão: Magnoliophyta

Subdivisão: Angiosperma

Classe: Liliopsida

Subclasse: Commilinidae

Família: Poaceae (= Graminae)

Tribo: Andropogonae

Subtribo: Saccharininae

Gênero: Saccharum
 

A primeira espécie introduzida no Brasil foi Saccharum officinarum L., que foi trazida da ilha da madeira, em 1502. Essa espécie era uma cana reconhecida como nobre ou cana tropical, caracterizada pelo seu alto teor de açúcar, porte elevado, colmo grosso e pouco teor de fibras. Devido a essas características S. officinarum foi cultivada nos três primeiros séculos da colonização, provavelmente uma única variedade, que no século XlX recebeu o nome de cana “Creoula” ou “Mirim” ou ainda “Cana da terra”, para distinguir dos novos cultivares importados que começaram a chegar no país (Lima, 1984).
 

Segundo Miocque & Machado Jr. (1977), o ciclo da creoula estendeu-se desde 1532 a 1810 e por ser pouco rústica e susceptível a várias doenças, seu cultivo estava limitado a terras virgens com alta fertilidade. A substituição por híbrido interespecífico do gênero Saccharum se deu em função do sucessivo uso. Dessa forma, cultivares dessa espécie começaram a sofrer problemas com doenças, pragas e falta de adaptações ecológicas (Fahl et al., 1998).
 

Nunes Jr. (1987) relata que a variedade Creoula começou a ser substituída pela cana Caiana a partir do ano de 1810, nos principais estados produtores (Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro). Por ser uma variedade mais produtiva e rica em sacarose, proporcionou ganhos significativos para a indústria açucareira no Brasil, tendo sido considerada como o principal fator que levou este segmento á expansão. Ainda, segundo esse autor, o ciclo da caiana durou até próximo do ano de 1880 quando essa variedade foi submetida a um severo ataque de Gomose nas principais regiões canavieiras do país.

 

4 - Aspectos fitossanitários
 

De acordo com Landell et al. (2003a), o início das pesquisas fitossanitárias com a cana-de-açúcar esta associada ao surgimento da Gomose no séc. XIX, o Mosaico em 1922, o Carvão em 1947 e a expansão para áreas de cerrado em 1975, com o advento do Programa Nacional do Álcool - PROALCOOL, criado pelo governo federal (Decreto 76593 de 14/11/1975). A partir da criação do PROALCOOL um novo ciclo de pesquisa se iniciou dando suporte a expansão da cultura no país. Em poucos anos, as áreas plantadas com a cana-de-açúcar triplicaram, invadindo áreas consideradas menos aptas principalmente nas regiões de cerrados. Para enfrentar os novos desafios advindos dessa expansão iniciaram-se os programas de melhoramento genético visando à obtenção de novas variedades, que surgiram no Brasil no começo do século passado.
 

Atualmente, segundo Landell et al. (2003b), existem três programas em andamento no Brasil, sendo eles:

1.      O programa de melhoramento do Instituto Agronômico de Campinas - IAC;

2.      O programa de melhoramento da Cooperativa dos Produtores de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo - COPERSUCAR;

3.      O programa de melhoramento das Universidades Federais que compõem a Rede Interuniversitária para o desenvolvimento do Setor Sucroalcoleiro - RIDESA.
 

A duração de uma variedade é limitada e, por esta razão, os trabalhos de criação de novas variedades têm sido contínuos e permanentes a fim de se obter novos genótipos capazes de fazer frente às adversidades do ambiente. Seja por degenerescência ou por necessidade de aumento de produção a busca de novas variedades, conduz a uma verdadeira evolução no cultivo da cana-de-açúcar, tornando-se um dos principais pilares da pesquisa no setor canavieiro para alcançar tal objetivo. O estado de São Paulo é um dos melhores exemplos de ganho de produtividade.
 

A degenerescência de uma variedade pode ser atribuída a vários fatores, e King et al. (1965) apontaram que as principais causas são: a queda de fertilidade do solo e o efeito cumulativo de danos provocados por doenças e pragas. Como se observa, são todos fatores inerentes ao ambiente de cultivo, pois a variedade por si só é incapaz de sofrer alterações.
 

No que se refere às doenças provocadas por fungos, bactérias vírus e micoplasma, Sanguino (1998), relatou que no Brasil foram diagnosticadas 40, entre as 177 relacionadas em cultivo de cana-de-açúcar no mundo. Historicamente, no mundo são consideradas 4 doenças mais importantes para a cultura da cana-de-açúcar, sendo elas: Carvão, Raquitismo das soqueiras, Escaldaduras das folhas e o Mosaico, todas basicamente controladas através do melhoramento genético de variedades (Santos, 2003). Por outro lado, às pragas (insetos, nematóides e ervas daninha) são os principais fatores limitantes da produção da cana-de-açúcar e para estes, faz-se necessário lançar mão do uso de produtos tóxicos ao homem e outros organismos vivos não alvo, resultando, desta forma, em problemas ambientais e elevando o custo da produção. De acordo com Luchini (1999) os agroquímicos são classificados como micropoluentes para os ecossistemas e o impacto provocado por eles, em solos, suprimentos aqüíferos e alimentícios, tem sido objeto de constantes estudos e discussões.
 

O uso dos inseticidas organoclorados em um passado recente, em especial, o DDT, o BHC, o Aldrin e o Heptacloro, que possuem alto poder residual, conferiam proteção às lavouras, evitando o ataque dos insetos praga, mas por outro lado, passavam progressivamente do solo para os cereais comestíveis, para as ervas e eventualmente para os animais domésticos. Diante dessa realidade, na década de 80, foi necessária a proibição desses produtos, visando reduzir a poluição ambiental e a contaminação dos alimentos, além da diminuição dos problemas com a resistência das pragas, desenvolvida como resposta às prolongadas exposições a esses inseticidas. Em decorrência dessa proibição, visando uma agricultura mais coerente com os princípios ecológicos e de saúde pública surgiu a necessidade de se realizar novas pesquisas em buscas de outros produtos que causam menor impacto ambiental, tais como: reguladores de crescimento dos insetos, feromônios, repelentes ou atraentes e bioinseticidas, que atuam com especificidade, sem afetar o meio ambiente e os organismos que nele vivem (Nakano et al., 2001).
 

A utilização de agentes de controle na cultura da cana-de-açúcar, principalmente, contra pragas de solo, deveria compor uma estratégia de manejo integrado, onde fariam parte de um conjunto de práticas aplicáveis tais como: o controle biológico, a rotação de cultura e o constante monitoramento de pragas (Manejo Integrado de Pragas - MIP). Infelizmente, na maioria dos casos, agrotóxicos são utilizados como o único método de controle, o que tem acarretado uma série de impactos negativos ao ambiente.
 

A partir do momento em que a agricultura passou da fase de subsistência para uma atividade mais comercial, provavelmente o homem tenha tomado consciência dos prejuízos provocados pelas pragas. Uma agricultura intensiva (monocultura), como ocorre com o cultivo da cana-de-açúcar, provoca mudanças no meio ambiente, alterando as características do meio físico, reduzindo a biodiversidade, e refletindo de formas diferentes sobre a biota local, sendo prejudicial a algumas espécies e não a outras.
 

De qualquer forma, considerando as inter-relações entre as espécies que habitam o agroecossistema, este impacto na biodiversidade leva sempre a desequilíbrios ecológicos, o que favorece ao desenvolvimento de pragas e doenças. De acordo com Colborn et al. (1997) os resíduos de substâncias químicas sintéticas, principalmente agrotóxicas, na alimentação, têm afetado a saúde de todos os consumidores, diminuindo a fertilidade em homens e aumentando as doenças de câncer e anomalias dos órgãos reprodutivos da espécie humana e animais.
 

Por outro lado, há também de ser ressaltado o grande avanço que se teve, no setor canavieiro, com pesquisas inerentes ao controle biológico. Cita-se como exemplo o controle da broca da cana-de-açúcar Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae), das cigarrinhas das folhas Mahanarva posticata (Stäl., 1854) (Hemiptera: Cercopidae) e das raízes Mahanarva fimbriolata (Stäl., 1855) (Hemiptera: Cercopidae) e da broca dos rizomas Migdolus fryanus (Westwood, 1863) (Coleoptera: Vesperidae).

 

5 - Controle biológico da broca da cana-de-açúcar, D. saccharalis
 

Este programa foi iniciado no Brasil pelo Departamento de Entomologia da ESALQ/USP, em 1949. A extensão aos produtores foi realizada pelo extinto Programa Nacional de Melhoramento de Cana-de-açúcar - Planalsucar e a Cooperativa Central dos Produtores de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo - Copersucar (Gallo et al., 2002).
 

Para o controle deste lepidóptero são utilizados parasitóides de larvas tais como: moscas, Lydella (= Metagonistylum) minense (Townsend, 1927) e Paratheresia claripalpis (Wulp, 1896) (Diptera: Tachinidae) e a microvespa Cotesia (= Apanteles) flavipes (Cameron, 1891) (Hymenoptera: Braconidae).
 

Segundo Arrigoni (1992), estes inimigos naturais reduziram significativamente os prejuízos causados pela broca aos canaviais de um grande número de usinas, no estado de São Paulo, quando a infestação passou de 10 % em 1980 para uma média de 3,17 % em 1991. O braconídeo foi introduzido do Paquistão e se adaptou muito bem no Brasil. É um parasitóide gregário, onde as fêmeas ovipositam diretamente no corpo das larvas do lepidóptero, sendo que em cada larva, desenvolvem-se cerca de 50 adultos da vespinha. Os dípteros são nativos da América do Sul e são especializados em parasitar larvas de D. saccharalis. As fêmeas dos parasitóides depositam suas larvas na entrada do orifício aberto pela lagarta. Após isso, as larvinhas procuram pelo hospedeiro e ao encontrá-lo, penetram-no através da cutícula para no seu interior (hemocele) se desenvolverem. Neste caso, cada larva do lepidóptero produz uma ou duas moscas adultas.
 

Devido à prática das queimadas nos canaviais, as liberações desses parasitóides necessitam ser constante. Com a adoção da colheita mecanizada (cana crua), novos estudos serão necessários para acompanhar o estabelecimento desses inimigos naturais. Grandes quantidades destes insetos são produzidas em laboratórios de usinas e empresas particulares. Cita-se como exemplo a Copersucar, que em 17 laboratórios, na década de 80, produzia 5,7 milhões de dípteros e 943 milhões de C. flavipes, insetos suficientes para liberação em cerca de 160.000 ha de cana-de-açúcar. (Arrigoni, 1992).
 

Para a produção massal dos parasitóides torna-se necessário à criação do hospedeiro em laboratório, que é feita em dieta artificial. No campo, são liberados 150 casais dos dípteros ou 6.000 adultos de C. flavipes por ha/ano. Isso, quando for atingido o nível de controle da praga. Para a liberação de C. flavipes, os adultos são colocados em copos de plásticos, sendo distribuído por volta de 1500 insetos por ponto de liberação.
 

Atualmente, também têm sido realizadas pesquisas com parasitóides de ovos, e os estudos têm se concentrado em espécies de himenóptero, do gênero Trichogramma para o controle desta praga nos canaviais.

 

6 - Controle biológico das cigarrinhas das folhas, M. posticata e das raízes, M. fimbriolata
 

As espécies de cigarrinhas da cana-de-açúcar estão reunidas em 5 gêneros: Aeneolamia, Deois, Mahanarva, Prosapia e Zulia. São pragas de grande importância econômica para toda a América Latina e Caribe. As espécies de Aeneolamia apresentam ampla distribuição geográfica por todo o continente, desde o México até a Argentina. As de Mahanarva destacam-se como de maior importância econômica para os canaviais do Brasil e Equador; as demais espécies são de menor importância com ocorrências esporádicas, apenas em alguns países a exemplo do gênero Prosapia, na Costa Rica e no México. Para M. posticata, principal espécie que ataca as folhas do canavial no Brasil, principalmente, nos canaviais do Nordeste, é grande a realização de trabalhos desenvolvidos na área de controle biológico, envolvendo o complexo de parasitóides, predadores nativos e fungos entomopatogênicos, destacando-se o programa com o fungo Metarhizium anisopliae (Metsch) Sorok (Deuteromycotina, Hyphomycetes, Moniliaceae) utilizado em aplicações dirigidas ou aéreas, no nordeste brasileiro (Mendonça & Mendonça, 2005).
 

Diversos trabalhos relatam o sistema de produção, aplicação e avaliação desse entomopatógeno, entre eles citam-se: Guagliumi et al. (1969); Guagliumi (1969, 1971, 1972, 1973); Mendonça (1972, 1983, 1986, 1992); Aquino et al. (1975, 1977); Marques et al. (1980, 1981); PLANALSUCAR (1977, 1982); Marques (1992, 1993); Lima & Marques (1985); Alves (1998); Alves & Pereira (1998); Leite et al. (2003), entre outros.
 

M. fimbriolata até pouco tempo possuía pouca expressão como praga da cultura da cana-de-açúcar, principalmente no estado de São Paulo. Mas com a proibição da desfolha para a industrialização, por intermédio das queimadas, mediante o Decreto-Lei Estadual 42.056/1997 que estabeleceu a implantação da colheita mecanizada, (cana crua), tornou-se de grande importância econômica na região Sudeste do Brasil (Machado & Habib, 2001).
 

De acordo com Almeida (2003) os ataques de M. frimbiolata são cada vez mais freqüentes nos canaviais de São Paulo e têm causado prejuízos que podem atingir 60 % ou mais da produtividade agrícola e das qualidades industriais da matéria-prima, através da contaminação com bactérias e perdas de Pol.
 

Como inimigos naturais desse inseto, são citados por Mendonça & Mendonça (2005) os seguintes organismos:

a) Parasitóides de ovos: Acmopolynema hervali Gomes; Anagrus sp. (Hymenoptera: Mymaridae);

b) Predadores de ninfas: Salpingogaster nigra Schin (Díptera: Syrphidae);

c) Predadores polífagos de ninfas e/ou adultos: Formigas Pheidole genalis Borgmeier; Solenopsis saevissima (Smith); S. invicta (Buren); Wasmania sp. (Hymenoptera: Myrmicinae); Paratrechina fulva (Mayer); Camponotus rufipes; Camponotus sp. (Hymenoptera: Formicinae); Odontomachus sp. (Hymenoptera: Ponerinae); Labidus sp. (Hymenoptera: Ecitoninae); Dorymyrmex sp. (Hymenoptera: Dolichoderinae), e aves insetívoras Pitangus sulphuratus (Bem-te-vi);

d) Fungos entomopatogênicos: Batkoa apiculata (Zygomycotina, Zygomycetes, Entomophtorales) e M. anisopliae;

e) Nematóides parasitos de ninfas e adultos: Hexamermis sp. (Rhabditida: Mermithidae) Caenorhabditis sp. (Rhabditida: Heterorhabditidae).
 

Dentre esses inimigos naturais do inseto, destaca-se o fungo M. anisopliae que segundo Almeida (2003), atualmente, trata-se uma área de 350.000 ha com aplicações tratorizadas e aéreas, variando as concentrações de 2 a 10 kg/ha, dependendo da flutuação do inseto e da variedade de cana plantada. Ainda segundo o autor, o Instituto Biológico do estado de São Paulo tem desenvolvido programas de treinamento e assessorias técnicas para a construção de biofábricas de M. anisopliae, no âmbito privado, além de apoiar essas empresas quanto ao registro do entomopatógeno e a manutenção da qualidade do bioinseticida, para que o programa de controle biológico possa se manter e atender novas áreas.

 

7 – Controle biológico da broca do rizoma M. fryanus
 

Para o controle desse inseto foram estudados os nematóides entomopatogênicos, nativos, Steinernema glaseri (Steiner, 1929) (Rhabditida: Steinernematidae) e Heterorhabditis indica Poinar, Karunakai & David, 1992 (Rhabditida: Heterorhabditidae) (Machado, 2006). Ovos e larvas do inseto foram suscetíveis aos agentes de controle em condições de laboratório.
 

No campo a espécie H. indica, em cana planta, promoveu um incremento na produtividade de 17,6 % e, em cana soca, uma supressão na população de M. fryanus de 45,2 %. De acordo com o autor esses resultados demonstraram que esses nematóides têm potencial para serem utilizados como agentes de controle biológico de M. fryanus em cultivos de cana-de-açúcar, no Estado de São Paulo.

 

8 - Perspectivas da cultura de cana-de-açúcar no Brasil
 

De acordo com União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo - ÚNICA (2005) e União das Destilarias do Oeste Paulista - UDOP (2005), os canaviais do Brasil receberam, nos últimos quatro anos, significativos investimentos, oriundo da capitalização do setor sucroalcooleiro, com a recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional, sobretudo, entre as safras 2000/01 e 2002/03. O movimento de fusões e aquisições das usinas foi intenso no período, com mais de 30 operações desde 2000, o que tem permitido a entrada do capital estrangeiro no setor.
 

As perspectivas favoráveis se somam aos ótimos resultados obtidos com a colheita de 350,3 milhões de toneladas de cana, que gerou uma produção de 24,2 milhões de toneladas de açúcar e de 14,4 bilhões de litros de álcool, na safra 2003/04.
 

O crescente interesse dos consumidores por carros flexíveis e a redução da taxa de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do álcool hidratado em São Paulo, de 25 % para 12 %, dão novo fôlego aos negócios dos produtores de cana-de-açúcar, distribuidores e revendedores de combustível.
 

Na safra de 2004/2005 a produção no Brasil foi de 15,3 bilhões de litros de álcool e 26,6 milhões de toneladas de açúcar. Somente o estado de São Paulo que conta, atualmente, com 147 usinas e destilarias, foi responsável pela produção de 9,1 bilhões de litros de álcool e 16, 5 milhões de toneladas de açúcar. A previsão é que até o ano de 2010 o estado vai ganhar mais 31 usinas com investimentos previstos de US$ 4,5 bilhões, devendo criar 25 mil empregos diretos e 87 mil indiretos. Com a implantação dessas novas unidades prevê-se, para o estado de São Paulo, um aumento na produção de 27 % para o álcool e de 21 % para o açúcar.

 

9 - Impactos ambientais da cultura de cana-de-açúcar
 

Sete milhões de toneladas de carbono equivalente deixaram de ser jogadas na atmosfera, graças ao uso do etanol, seja na forma de álcool hidratado, ou os 25 % de anidros adicionados à gasolina. Esse número faz parte de um balanço energético desenvolvido pelo Centro de Tecnologia da Copersucar (CTC). O balanço refere-se à safra brasileira de cana-de-açúcar nos anos de 2002-2003, e é resultado de um complexo estudo, que leva em conta a análise de todo o ciclo de vida do álcool, da produção agrícola, das emissões veiculares, para quantificar os benefícios ambientais do combustível renovável, sempre em comparação ao uso do petróleo.
 

O maior diferencial para o ambiente do álcool em relação ao petróleo, está na origem renovável. Pois o mesmo é extraído da biomassa da cana-de-açúcar, e tem reconhecido potencial para seqüestrar carbono da atmosfera, o que lhe confere grande importância na diminuição global do efeito estufa.
 

Por outro lado, há de ser ressaltado o efeito das queimadas da cana-de-açúcar, que são corriqueiras na maior parte das regiões produtoras, e que tem por objetivo a limpeza do terreno para facilitar a mão-de-obra para o corte, por ocasião da colheita. Um bom trabalhador consegue cortar em média doze toneladas por dia, contra seis toneladas quando a cana não é queimada. Essa prática agrícola tem sido, no entanto, bastante polêmica, pois seu uso gera uma série de problemas para o meio ambiente e para as populações que residem em áreas urbanas próximas de plantações de canaviais, sendo eles:

1 - Destruição da matéria orgânica do solo deixando exposto a erosões, o que tem provocado assoreamento de mananciais;

2 - Eliminação de aves, animais e insetos, muitos destes organismos, importantes como inimigos naturais de pragas;

3 - Eliminação de alguns microrganismos do solo;

4 - Por final, pode causar a volatilização de elementos nutritivos essenciais à planta.
 

Outro ponto importante é a produção da fuligem, uma substância escura produzida no momento da combustão, que provoca a liberação do monóxido de carbono que é altamente tóxico. A fuligem é um composto de óleo empireumático, carbono, sais minerais e acido acético, que fica no local e nas suas proximidades, provocando muita sujeira nos centros urbanos próximos ao cultivo e em alguns casos, irritações no aparelho respiratório do homem e de certos animais.

 

Uma pesquisa do Departamento de Produção Vegetal, da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - ESALQ - USP, Piracicaba/SP mostra que a colheita mecanizada da cana-de-açúcar, sem a queimada da palhada, reduz o impacto ambiental e ajuda na eliminação de ervas daninhas do canavial.

 

Segundo Velini & Negrisoli (2000) o aumento da amplitude térmica provocada no solo pelo acúmulo da palha influencia significativamente no processo de germinação das sementes das plantas daninhas, provocando uma redução na viabilidade. Esse é um dado muito importante, pois dentre os insumos utilizados numa lavoura de cana-de-açúcar, os herbicidas correspondem a uma grande parcela do custo da produção total. Um tratamento com herbicida aplicado na cultura da cana-de-açúcar colhida pelo sistema de queima da palhada custa, em média, de 25 a 60 US$ por ha.

 

Outro aspecto relevante é que a colheita mecanizada deixa como subproduto 10 a 15 toneladas de palha picada por ha, a qual pode ser utilizada como fonte de alimentos para animais ou como combustível na co-geração de energia para as próprias usinas e destilarias.

 

Se por um lado à mecanização da colheita proporciona varias vantagens do ponto de vista ambiental, por outro, essa inovação pode gerar graves impactos sociais. Cada colheitadeira substitui, em média, o trabalho de 80 a 100 homens Copersucar /dias, além de poder trabalhar durante 24 h, o que tem provocado uma diminuição na demanda da força de trabalho nas áreas rurais, gerando, desta forma, inúmeros desempregos.

 

A colheita mecanizada já é uma realidade no estado de São Paulo, a pelo menos cinco anos. Apesar do decreto lei estadual que está em tramitação na Assembléia Legislativa de São Paulo, ter prorrogado o prazo para a paralisação total da queima até o ano de 2030, as usinas e destilarias vêm diminuindo as áreas queimadas, paulatinamente, a cada ano.

 

Com relação à expansão da cultura, a cana-de-açúcar tem avançado nas áreas de pastagens, de cultivos de citros e de cerrados, principalmente no Triangulo Mineiro e no Noroeste Paulista. Atualmente, a cultura já ocupa 50 % das áreas de terras cultivadas do estado de São Paulo. Esse aspecto, além da quebra da biodiversidade do ecossistema, também tem implicado em outro problema social que é o êxodo rural dos pequenos sitiantes, que acabam por venderem suas propriedades aos usineiros.

 

Essa mudança de grande significância para a cultura da cana-de-açúcar, nos municípios de São Paulo que estamos presenciando, terá que contar com a participação dos vários segmentos da sociedade, envolvidos num processo decisório, o que obrigatoriamente, implica em planejar, a partir da realidade atual, um cenário de paisagem futura. A questão ambiental trouxe à tona o conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável. Portanto, conciliar desenvolvimento e meio ambiente, gerando perspectivas mais seguras e estáveis para as comunidades, é o desafio para os estudos atuais e futuros de pesquisa e desenvolvimento nessa linha do conhecimento.

 

10 - Referências bibliográficas
 

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Artigo extraído da tese de doutorado de L. A. Machado, 2006, Instituto de Biologia – Unicamp.


  Laerte Antônio Machado possui graduação em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1986), mestrado em Entomologia pela Universidade de São Paulo (1998) e doutorado em Parasitologia pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Atualmente é Pesquisador Cientifico do Instituto Biológico do Estado de São Paulo, Lotado no Laboratório de Controle Biológico, em Campinas/SP. Tem experiência na área de Agronomia, com Especialização em Entomologia e Parasitologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Biologia e Ecologia de insetos, Controle biológico com entomopatógenos (fungos, vírus e nematóides) em diversas culturas. Controle de Coleobrocas em cultura de citros com fungos entomopatogênicos e de Migdolus fryanus em cana-de-açúcar com nematóides entomopatogênicos.
CV Lattes:  http://lattes.cnpq.br/9123140161175735
Contatos: laertemachado@biololgico.sp.gov.br – Telefax: 19 – 32522942
   
 

Mohamed Ezz El-Din Mostafa Habib possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de Alexandria (1964), modalidade Entomologia, mestrado em Entomologia (Controle Biológico) pela Universidade de Alexandria (1968), Egito, e doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pela UNICAMP (1976), Livre Docente pela UNICAMP (l982), Professor Adjunto em 1984 e Professor Titular da UNICAMP desde 1986. Atua nas áreas de Ecologia Aplicado, Entomologia Econômica, pragas agrícolas e de alimentos armazenados, educação ambiental, indicadores de sustentabilidade, controle biológico, patologia de insetos e Agro-Ecologia. Foi Diretor eleito do Instituto de Biologia da UNICAMP por duas vezes e Coordenador de Relações Internacionais da UNICAMP. Desde 2005 é Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP.
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Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte


Dados para citação bibliográfica(ABNT):

AMACHADO, L.A.; HABIB, M.  Perspectivas e impactos da cultura de cana-de-açúcar no Brasil. 2009. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2009_2/Cana/index.htm>. Acesso em:


Publicado no Infobibos em 29/04/2009

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