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cARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E ECONÔMICAS DO Cultivo de maracujazeiros

 

Fernanda de Paiva Badiz Furlaneto[1],
Maura Seiko Tsutsui Esperancini
[2],
Adriana Novais Martins
[3] ,
Anelisa de Aquino Vidal
[4]

 

            O maracujá pertence à família Passifloraceae, constituída por quase 200 espécies nativas no Brasil. Apesar da grande variabilidade, os cultivos comerciais no país baseiam-se em duas espécies: o maracujá amarelo ou azedo (Passiflora edulis) e o doce (Passiflora alata). O maracujá doce é consumido na sua totalidade in natura e o azedo, destinado para consumo in natura e indústrias de processamento, representa 97% da área plantada e do volume comercializado (FERREIRA, 2005).

            A produção mundial de maracujá é de 640.000 toneladas e o Brasil, como maior produtor, produz cerca de 70% desse total. O Equador aparece em segundo lugar, com pouco mais de 13% e a Colômbia em terceiro, produzindo 5% do total da produção da fruta. No Brasil a produtividade média é de 12 a 15 toneladas por hectare havendo potencial para produção de 30 a 35 toneladas por hectare (LIMA, 2001).

            No Brasil a produção da fruta destaca-se a região Nordeste (209 mil toneladas por ano), Sudeste (201 mil toneladas por ano) e Norte (45 mil toneladas por ano) (IBGE, 2007). Na região Sudeste, o maracujazeiro é uma das oito espécies frutíferas mais cultivadas no sistema extensivo, sendo precedido apenas pelas culturas da laranja, banana, limão, manga, tangerina, abacaxi e uva (PIZA JUNIOR, 1998).

            Os Estados da Bahia (115 mil toneladas por ano), Espírito Santo (81 mil toneladas por ano) e São Paulo (47 mil toneladas por ano) são os maiores estados brasileiros produtores do maracujá. No Estado de São Paulo a área cultivada é estimada em 3 mil hectares e o valor de produção avaliado em 41 milhões de reais (ANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA, 2009).

            O cultivo da fruta em terras paulistas teve inicio na década de 1960 e firmou-se no Vale do Ribeira que, no final dos anos 1980, respondia por mais da metade da produção estadual. A partir de 1990 a cultura foi implantada na região da Alta Paulista. Em 2009, a região de Marília destacou-se entre as seis maiores em área plantada no Estado de São Paulo com 168 hectares e uma produtividade de 13,3 toneladas por ano. No período de 2006 a 2008, as melhores médias de produtividade no Estado foram obtidas nas regiões de Dracena (18,7 toneladas por ano), Itapetininga (17,8 toneladas por ano), Tupã (17,2 toneladas por ano), Registro (17,1 toneladas por ano), Sorocaba (16,8 toneladas por ano) e Marília (13,3 toneladas por ano) (IEA, 2008).

            A cultura de maracujazeiros é realizada, geralmente, em propriedades com até cinco hectares devido às necessidades dos tratos culturais e exigência de mão-de-obra, notadamente nas fases de plantio, florada (polinização) e colheita (RUGGIERO et al., 1996). Segundo Graziano (2001) e Nogueira et al. (2004) estima-se que sejam necessários dois trabalhadores por hectare de forma direta, totalizando cerca de 60 mil trabalhadores no Brasil. Os empregos indiretos, por sua vez, são calculados em quatro por hectare, somando 120 mil empregos, o que equivale dizer que a cadeia produtiva do maracujá emprega um total de 180 mil trabalhadores. Pires & São José (1994) descreveram, ainda, que o emprego de mão-de-obra na cultura do maracujá é avaliado entre 112 a 272 dias homem por hectare por ano pelo fato da colheita ser manual e semanal. O ciclo vegetativo do maracujá varia de acordo com o local da produção podendo ser de 12 meses no Estado do Pará, dez meses na Bahia e sete a nove meses em São Paulo (ARAUJO et al., 2005).

            Rizzi et al. (1998) ressaltaram que a cultura do maracujá tem sido uma alternativa agrícola para a pequena propriedade por utilizar, em sua maioria, mão-de-obra familiar, com expressivo valor social e proporcionar rápido retorno do investimento possibilitando um capital de giro durante vários meses do ano. Porém, a atividade enfrenta entraves que limitam o crescimento da atividade como problemas relacionados com pragas, doenças e propagação; falta de padronização e qualidade dos frutos; alto custo de produção; mercado instável e; baixa produtividade. Além desses fatores, a escassez e/ou irregularidade de oferta de água têm comprometido a produção e a qualidade dos frutos em pomares comerciais.

            A condição ideal para o desenvolvimento do maracujazeiro ocorre em locais com precipitações de 800 a 1750 mm, distribuídas regularmente durante o ano. Destaca-se que o teor de água no solo é um dos fatores que mais influenciam o florescimento da cultura do maracujá. A falta de umidade no solo provoca a queda das folhas e dos frutos, principalmente no início de seu desenvolvimento, bem como interfere na hidratação dos tecidos da planta que sob condições de estresse hídrico formam ramos menores, com menor número e comprimento de internos, reduzindo consequentemente o número de botões florais e flores abertas. Sendo assim, em determinadas regiões, o emprego da irrigação pode viabilizar o cultivo de maracujazeiros.

            A cultura do maracujá pode ser irrigada por meio da irrigação por superfície, irrigação por aspersão e irrigação localizada (gotejamento e microaspersão). O sistema de irrigação por gotejamento é o mais utilizado pelos os produtores da fruta, pois proporciona condições de umidade e aeração do solo que favorecem o pleno desenvolvimento das plantas. Já, o gotejamento tem a vantagem de não contribuir para a formação de um microclima úmido transitório no interior da cultura, pois não molha a parte aérea das plantas, reduzindo assim os riscos de incidência de doenças. Com o uso da irrigação, a produtividade média pode passar de 13 t.ha-1, em média, para 45 t.ha-1.

Comercialização do maracujá 

            O Equador, Colômbia e Peru aparecem como grandes exportadores de suco concentrado e polpa de maracujá. Os principais países importadores são Alemanha e Holanda. No tocante ao mercado de fruta in natura, os países africanos são os maiores produtores dos frutos de cor roxa. Os países sul-americanos, dentre eles, o Brasil, destacam-se como produtores do maracujá amarelo. O Reino Unido, a França e a Bélgica representam os países importadores da fruta natural (ANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA, 2009). 

            Os mais importantes mercados consumidores do suco integral de maracujá no Brasil são os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) indicam que em 1996 a região metropolitana de Salvador apresentava o maior consumo médio de maracujá in natura per capita (2,1 kg/habitante/ano). Esse valor é 54% superior ao consumo médio per capita de todas as regiões da POF (0,9 kg/habitante/ano). Após a região metropolitana de Salvador aparecem como grandes centros de consumo de frutas in natura de maracujá as regiões metropolitana de São Paulo e Recife, respectivamente, com 1,5 e 1,1 kg/habitante/ano (VILELA et al., 2006).

            No Estado de São Paulo estima-se que 13% dos produtores de maracujá destinam sua produção para consumo próprio. Do restante, 50% vendem a fruta para intermediários, 24% às cooperativas, 8% efetuam venda direta e 3% comercializam diretamente com a indústria. A prevalência dos atacadistas na comercialização é relevante, porém, Melletti & Maia (1999) destacaram que se têm verificado expressiva mudança na estrutura de comercialização das frutas, com perda importante dos volumes que transitam pela Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP). As vendas diretas do produtor para os supermercados têm assumido posição cada vez mais relevante no varejo de frutas. Observa-se, também, o surgimento de empresas extratoras de polpa que comercializam os produtos junto às redes de supermercados, lanchonetes e hotéis.

            As quantidades mensais de maracujá azedo in natura comercializadas no atacado paulistano apresentam dois períodos de concentração: a) entre setembro e fevereiro, com ápice em dezembro e, b) entre fevereiro e abril, com ápice em março. No tocante aos preços de venda do maracujá in natura das principais capitais brasileiras, em 2005, os mais elevados foram verificados em Recife (R$ 2,44/kg), seguidos de Porto Alegre (R$ 1,91/kg), Brasília (R$1,64/kg), Rio de Janeiro (R$ 1,43/kg) e São Paulo (R$ 1,24/kg). Os menores valores foram observados em Belo Horizonte (R$ 0,84/kg). Os preços nos últimos anos têm-se mantido em patamares similares (GONÇAVES & SOUZA, 2006).

            Pires & São José (1994) relataram que o preço do maracujá para indústria nas principais Centrais de Abastecimento (CEASA) do Brasil, geralmente, oscila de US$ 0,10 a US$ 0,40/ kg e, para mercado ao natural, o valor corresponde a US$ 0,70/kg, média de cinco anos (1997-2001).

            Para mercado mais exigente, os frutos são classificados e embalados de acordo com os padrões estabelecidos pelo “Programa para a Melhoria dos Padrões Comerciais e Embalagens de Hortigranjeiros”. Esta classificação separa o fruto por cor, tamanho, formato e qualidade. O maracujá amarelo classifica-se de acordo com o grupo (relacionado à característica varietal de coloração da casca); subgrupo (relacionado ao estádio de maturação, identificado pela cor da casca); classe (relacionada ao diâmetro equatorial dos frutos medido em mm) (Tabela 01) e; tipo ou categoria (relacionado à quantidade de defeitos presentes no lote) (Tabela 02). 

Tabela 1. Padrão de classificação do maracujá adotado no mercado atacadista da CEAGESP de acordo com a classe (calibre).

Calibre

Diâmetro equatorial (mm)

1

igual ou menor que 55

2

igual ou maior que 55 até 65

3

igual ou maior que 65 até 75

4

igual ou maior que 75 até 85

5

maior que 85

Fonte: CEAGESP, 2009.

 

Tabela 2. Padrão de classificação do maracujá adotado no mercado atacadista da CEAGESP de acordo com o tipo ou categoria.

Defeitos/Categoria

Extra

I

II

III

Imaturo

0%

 2%

 3%

 20%

Dano profundo

0%

 2%

 3%

 20%

Podridão

0%

 2%

 3%

   5%

Total de graves

0%

 3%

 7%

100%

Total de leves

5%

10%

25%

100%

Total geral

5%

10%

25%

100%

 Fonte: CEAGESP, 2009.

            A embalagem deve ser paletizável e pode ser descartável ou retornável. A embalagem descartável deve ser reciclável ou de incinerabilidade limpa. Já, a retornável deve permitir a higienização. O rótulo, que é o certificado de origem do produto e garante a sua rastreabilidade, precisa constar em todas as embalagens. A rotulagem é de uso obrigatório e é regulamentada pelo Governo Federal. O código de barras é utilizado para captura dos dados nos processo automatizados (Figura 01).

Figura 01. Modelo do rótulo da embalagem do maracujá.
Fonte: CEAGESP, 2009.

Custo de produção

            Arêdes et al. (2009) destacaram que o levantamento do custo de produção e preço de venda do maracujá é complexo, pois varia de região para região, em razão do nível tecnológico do produtor, do destino da produção (indústria ou fruta fresca) e da época do ano (safra ou entressafra). No entanto, ressalta que as análises econômicas são fundamentais para otimização do investimento financeiro do empresário rural.

            Bianco et al. (1981) identificaram que o preparo de solo e o plantio foram os itens que mais oneraram o custo operacional de um hectare de maracujazeiros, no ano de 1980. Esses dois itens contribuíram com 41,36% do custo total e, os insumos, com apenas 12,82%. O custo operacional médio dos anos produtivos foi de US$ 677,55.

            O custo médio de produção do maracujá no Brasil, em 1991, correspondeu a US$ 5.067,84, US$ 7.097,21 e US$ 5.543,73 para rendimentos esperados de 2.000, 4.000 e 3.000 caixas de maracujá, respectivamente no primeiro, segundo e terceiro ano (INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA AGRICULTURA, 1991). No mesmo ano, na região de Marília, os valores obtidos foram US$ 3.769,77, US$ 8.595,55 e US$ 3.913,35 por hectare para produtividade estimada de 900, 2.250 e 900 caixas, respectivamente no primeiro, segundo e terceiro ano (CATI, 1991).

            Miranda & Bemelmans (1995) estimaram que o custo operacional total do maracujá por hectare em São Paulo foi US$ 26.368,10 distribuídos da seguinte forma: US$ 10.918,31 no primeiro ano, US$ 7.939,12 no segundo ano e US$ 7.510,67 no terceiro ano. Esses autores consideraram o sistema de cultivo recomendado pela CATI para proprietários de 10 a 100 hectares, cuja produtividade estabelecida foi de 25 toneladas de frutos no primeiro e segundo ano e de 20 toneladas de frutos no terceiro ano.

            Ponciano et al. (1995) observaram que a cultura do maracujá caracteriza-se pelo uso intensivo da terra, pois em apenas um hectare são consumidos US$ 23.223,61 de capital e 8.201,07 horas de trabalho (1.025 dias) ao longo dos três anos e meio de ciclo produtivo, ou seja,  US$ 6.635,31 por ano. O custo operacional total de produção do maracujá calculado foi de US$ 9.597,74, US$ 7.002,63 e US$ 6.623,23 no primeiro (25 toneladas por hectare), segundo (25 toneladas por hectare) e terceiro (20 toneladas por hectare) ano, respectivamente. O custo de comercialização calculado foi de US$2,75 por caixa de 3,7kg, ou seja, US$ 5.288,25 no primeiro e segundo ano e de US$ 4.235,00 no terceiro ano, para um preço no atacado de US$ 10,00 por caixa de 3,7kg.

            Cardoso et al. (1999) apresentaram custo operacional médio de produção do maracujá de R$ 3.000,12, ou seja, US$ 1.621,68 por hectare para o ano de 1998. No mesmo ano, Meletti & Maia (1999) identificaram para o ano de implantação da cultura um valor de US$ 10.918,31 por hectare.

            A avaliação econômica da safrinha de maracujazeiro-amarelo, no ano de 2002, em diferentes densidades de plantio (3.330, 2.220, 1.660, 1.100, 830 plantas por hectare), espaçamento entre linhas de 3,0 m e produtividade estimada em 11,9 t/ha, em São Tiago, MG, apontou que a máxima eficiência econômica foi alcançada na densidade de 1.100 plantas/ha, com custo total de produção de R$ 3.271,98/ha, custo médio de R$ 0,28/kg e lucro líquido de R$ 1.425,26/ha. O preço médio de venda foi de R$ 0,40/kg (ANDRADE JUNIOR et al., 2003).

            Araújo et al. (2005) descreveram que o custo do maracujá, no ano de 2005, na região do Submédio São Francisco, foi de R$ 15.985,37 por hectare, sendo a produtividade estimada em 40 toneladas por hectare por ciclo. Na região analisada o preço médio anual de venda da fruta foi de R$ 0,60/kg. O estudo revelou que a os gastos com insumos corresponderam a 66,2% dos custos operacionais totais, sendo o conjunto dos adubos químicos o item mais oneroso, respondendo por cerca de 38,3% dos custos com insumos.

            Na região Norte Fluminense predomina o sistema de cultivo do maracujá em espaldeira, com espaçamento 3,0 x 4,0 m, totalizando 833 plantas por hectare. O ciclo produtivo é de dois anos, sendo a produção calculada em 17,21 toneladas por hectare. Utiliza-se, geralmente, sistema de irrigação por gotejamento. No ano de 2005, o custo operacional de produção da fruta foi equivalente a R$ 13.016,63 por hectare e o custo unitário R$ 0,32 por quilo, proporcionando um lucro operacional de R$ 1.075,55 por hectare, ano. O custo com o equipamento de irrigação foi de R$ 2.808,00. A análise de sensibilidade revelou que a mão-de-obra e o preço de venda do maracujá são as variáveis que ocasionam maior impacto sobre a rentabilidade da cultura (PONCIANO et al., 2006).

            Vilela et al. (2007) destacaram que a cultura do maracujá apresenta elevada taxa de crescimento da economia, porém deve-se considerar o risco de excesso de oferta da fruta no mercado interno nos próximos cinco anos visto que a taxa de aumento da produção e das importações está acima da demanda do consumo interno e das exportações. Para evitar problemas futuros de comercialização, esta atividade depende do aumento da renda per capita, acima de 5% ao ano, da ampliação das exportações ou da redução de importações.

            Souza et al. (2008) identificaram, por meio do uso de programação linear, sistemas de produção agrícola mais indicados economicamente para agricultores familiares das regiões Norte e Noroeste Fluminense. Quando desconsiderados os riscos de preço, o cultivo da goiaba destacou-se como a melhor opção para otimização dos recursos e geração de renda. Os sistemas produtivos envolvendo o plantio simultâneo de maracujá e goiaba propiciaram redução dos riscos sem grave comprometimento da renda, quando considerados os riscos de redução nos preços.

            Na região Alta Paulista, ano 2008, o custo total de produção do maracujá de sequeiro foi de R$ 22.723,0 por hectare por ano levando em consideração uma produtividade de 30 toneladas por hectare e densidade de 500 plantas por hectare. O preço médio de venda da fruta foi de R$ 0,69/kg. No Centro Oeste paulista, o custo do maracujá irrigado foi de R$ 36.767 por hectare por ano, sendo a produtividade média de 38 toneladas por hectare e densidade de 1.600 pés por hectare. O preço médio de venda em 2007/08 correspondeu a R$ 0,79/kg (ANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA, 2009).

            Lima et al. (2009) analisaram a rentabilidade do maracujá em seis pólos produtivos brasileiros (Benevides-PA, Araguari-MG, Itapuranga-GO, Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno-RIDE, Bom Jesus da Lapa-BA e Vera Cruz- SP) e observaram que a cultura do maracujazeiro amarelo é viável economicamente nos pólos quando a produtividade é superior a 19 ton/ha/ano, sendo o preço mínimo viável de R$ 0,33/kg, exceto para RIDE, onde o preço mínimo pode ser de R$ 0,25/kg. Notou-se, ainda, que o preço mínimo de venda das frutas frescas deve ser de R$ 0,43/kg e para indústria R$ 0,19 / kg, na safra. Na entressafra as frutas frescas precisam ser comercializadas por um valor acima de R$ 0,52/kg e para indústria acima de R$ 0,38/kg.

            Arêdes et al. (2009) analisaram a viabilidade econômica da irrigação na cultura do maracujá em relação à produção não-irrigada na região de Paulínia, SP. Os indicadores econômicos apontaram que a irrigação do maracujazeiro melhora o retorno econômico e reduz o nível de risco da atividade Verificou-se, também, que preço de venda e a produtividade do maracujá são as variáveis mais representativos na análise de risco da cultura. O custos da hora-máquina, taxa de juros, hora-dia, terreno e irrigação inteferem em menor grau na economicidade do maracujazeiro.      

           

Referências bibliográficas

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[1]   Pesquisadora Científica, Mestre, APTA Centro Oeste Paulista, Unidade de Pesquisa de Marília, R. Andrade Neves, n. 81, CEP: 17.515-400, Marília, SP, Tel. (14) 3433-0027. E-mail: fernandafurlaneto@apta.sp.gov.br.  

[2] Professora Assistente, Doutora, Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial - FCA./UNESP,  Fazenda Lageado, R. José Barbosa de Barros, n. 1780, Cx. Postal: 237, CEP: 18.610-307, Botucatu, SP, Tel: (14) 3811-7100. E-mail: maura@fca.unesp.br.

[3] Pesquisadora Científica, Doutora, APTA Médio Paranapanema, Rod. SP 333 (Assis-Marília), km 397, CEP: 19.800-000, Assis, SP, Tel. (18) 3321-2026. E-mail: adrianamartins@apta.sp.gov.br. 

[4] Pesquisadora Científica, Doutora, APTA Centro Oeste Paulista, Unidade de Pesquisa de Marília. E-mail: vidal@apta.sp.gov.br.



Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte


Dados para citação bibliográfica(ABNT):

FURLANETO, F.P.B.; ESPERANCINI, M.S.T; MARTINS, A.N.; VIDAL, A.A. Características técnicas e econômicas do cultivo de maracujazeiros. 2010. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/maracuja/index.htm>. Acesso em:


Publicado no Infobibos em 02/10/2010